Turismo: Medidas contribuem "para agravamento da retração do consumo"

A Confederação do Turismo Português considera que as novas medidas do Governo "continuam a contribuir de forma inegável para o agravamento da retração do consumo" o que, consequentemente, afetará "negativamente a atividade das empresas que dependem do mercado interno".
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Embora, a Confederação do Turismo Português (CTP) diga que entende a necessidade de serem cumpridas as metas acordadas com a 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) com o objetivo de combater o défice estrutural, continua "a considerar fundamental a adoção de medidas claras de estímulo à economia", lê-se em comunicado, em reação às medidas anunciadas pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, para 2013.

A Confederação do Turismo Português garante, por isso, que continuará a defender, quer em sede de Concertação Social quer junto dos decisores, "uma estratégia de equilíbrio orçamental baseada na contração da despesa pública e na aplicação de medidas que permitam evitar a baixa de consumo, e ainda medidas que eliminem as barreiras aos setores exportadores", como é o caso do seu setor.

"Em face da gravidade do aumento da carga fiscal anunciada, a qual abrange todo o tipo de rendimentos tributáveis, incidindo embora, com maior peso relativo, nos rendimentos do trabalho", a CTP avança que irá "trabalhar em estreita colaboração com o Ministério da Economia e Emprego, não só no sentido de encontrar soluções para atenuar os efeitos altamente penalizadores do atual agravamento dos custos de contexto, como também em medidas que possam promover, de forma significativa, a competitividade do setor do turismo e das suas empresas".

A confederação refere ainda que os referidos custos de contexto "têm vindo a asfixiar de forma crescente as empresas turísticas", que são "alvos fáceis pela transversalidade das suas atividades". Por outro lado, "o destino Portugal e os das suas regiões têm que poder definitivamente rentabilizar a sua excelente capacidade instalada e infraestruturação, pois, na conjuntura económica que o país atravessa, as empresas do setor do turismo têm que ser olhadas como podendo constituir a salvação da economia portuguesa, no curto prazo", concluem.

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